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ENQUADRAMENTO ECONÓMICO
a procura interna e da redução para 3,5% do
crescimento das exportações (9,5% em 2011),
reflectindo o arrefecimento das economias dos
principais parceiros comerciais (França, Alema-
nha, Itália e Portugal).
A taxa de desemprego deverá continuar a
aumentar para cerca de 23% (21,1% em 2011).
Situação em Angola
Em 2009, o Estado angolano assinou com
o Fundo Monetário Internacional (FMI) o
Acordo Stand-By (SBA), com a duração de 27
meses, que previa um financiamento de cerca
de USD 1,4 mil milhões, dos quais já foram
desembolsados USD 1,2 mil milhões, e um
programa ambicioso de reformas económicas.
Na sequência da última avaliação, efectuada em
Luanda ao Acordo SBA, o FMI considerou que
a economia angolana continua a recuperar da
crise orçamental e da balança de pagamentos
ocorridas em 2009, estimando-se que o PIB
tenha crescido cerca de 3,4% em 2011, em vir-
tude da forte expansão do sector não petrolí-
fero, tendo a inflação recuado para 11,4%, no
final do ano.
As perspectivas macroeconómicas para 2012
são favoráveis prevendo-se que a exploração
de novos campos de petróleo eleve a produção
para mais de 1,8 milhões de barris por dia. A
aplicação dos planos orçamentais do Governo
deve permitir um decréscimo significativo do
défice não petrolífero e ajudar a baixar a inflação
para um dígito.
Dadas as excepcionais incertezas que conti-
nuam a pairar sobre a conjuntura mundial, as
autoridades angolanas estão empenhadas em
aumentar, ainda mais, as reservas externas
para reforçar a protecção contra a volatilidade
da receita do petróleo.