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2014marca o retorno de Portugal ao crescimento após
um período de três anos de contracção da economia,
sendo o primeiro emque se começama observar sinais
de recuperação, embora a ritmo lento. Neste sentido,
confirmou-se a tendência de saída da recessão através
da recuperação, ainda pouco sustentada, do consumo
privado por parte dos portugueses.
Os sinais positivos foramparticularmente importantes
pois traduziram-se no acréscimo da procura interna que
permitiram uma melhoria da performance do Grupo.
De facto, nos três anos anteriores, de contracção da
economia, o Grupo procedeu de forma enérgica ao ajus-
tamento dos custos aos menores níveis de actividade,
do que resultou numa estrutura de custos mais flexível
que garantiu em 2014 uma alavancagem significativa
da rentabilidade por efeito do crescimento do volume
de negócios.
Para essa evolução, não serão alheios fenómenos que
começam a ser estruturantes como o crescimento da
captação de turistas estrangeiros - uma tendência que
continuou a ganhar tracção nos últimos anos, mas tam-
bémumaspectomuitocircunstancial doanode2014que
consistiu no facto da recuperação do consumo privado
ter sido positivamente afectada durante o período de
Verãopelas condições de instabilidade climatéricamuito
favoráveis ao aumento de tráfego nos Shoppings.
Esta evolução favorável do contexto que se viveu ao
longo de 2014 permitiu uma melhoria de vendas na
generalidade dos conceitos com menor impacto no
segmento de “restaurantes”, sendo que os maiores
crescimentos se verificaram nos conceitos de balcão .
Porémo ano continuou a sermarcado pelamanutenção
do rendimento disponível a umnível baixo e umelevado
nível de desemprego que afectou os comportamentos
dos consumidores, traduzido numa alteração do proces-
so de tomada de decisãomais complexo e selectivo por
parte do consumidor, emhábitos e ritmos de consumo
diferentes. Por isso, continuamos em2014 a implemen-
tar a política de remodelações dos nossos restaurantes
bemcoma consolidar as nossas operações por forma a
garantir as melhores experiências de consumo.
Em 2014 a taxa de IVA da restauração manteve-se nos
níveis elevados pressionando a rentabilidade do sector,
por ter de ser suportado, em parte, pela generalidade
dos operadores do sector pela impossibilidade de a
repercutir integralmente nos preços ao consumidor,
Introdução