IBERSOL | Relatório Integrado de Gestão 2022

Enquadramento Estratégico Situação em Angola Dados recentes do FMI indicam que em 2022 a economia de Angola continuou a recuperar da pandemia de Covid-19, apoiada por preços de petróleo mais elevados, melhorias na produção petrolífera e um reforço da atividade não petrolífera, apesar da dificuldade do am- biente externo. O PIB angolano deverá ter crescido 2,8% em 2022, com um contribu- to de 2,0% da atividade petrolífera e de 3,2% da atividade não petro- lífera. Para 2023, as projeções apontam para um crescimento de 3,5%, suportado pela aceleração para 4,3% do setor não petrolífero, que mais do que compensará a desaceleração do PIB petrolífero, que não deverá ultrapassar 1,2%. No médio prazo, a expectativa do FMI é que a economia cresça em torno dos 4%, reflexo do impacto das reformas económicas no cres- cimento da economia não petrolífera. No que respeita à inflação, projeta-se uma diminuição do valor de 22,2% em 2022 para 12,3% em 2023 e menos de 10% já em 2024. A balança corrente continuará com um superavit bastante positivo: as previsões estimam um excedente de 11,0% do PIB em 2022 e uma diminuição para 6,3% do PIB em 2023. No que toca à dívida pública, estima-se que esta tenha terminado 2022 nos 66,1% do PIB, bastante abaixo dos 83,6% do final de 2021. Para 2023, a expectativa é de uma nova descida para 64,1% do PIB. Angola está a sair de um período de grandes choques e fortes es- forços de reforma. O atual governo teve de lidar com vários anos de preços baixos do petróleo nos mercados internacionais, crescimento negativo e, posteriormente, a pandemia de Covid-19. Nestas circunstâncias difíceis, as autoridades lançaram reformas sig- nificativas nas áreas de gestão fiscal (incluindo a introdução do IVA), estrutura da política monetária, estabilidade financeira e independên- cia do banco central. 28

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