IBERSOL • Relatório Integrado de Gestão 2023

RELATÓRIO INTEGRADO DE GESTÃO 2023 7. Gestão de risco financeiro As atividades do Grupo estão expostas a uma variedade de fatores do risco finan- ceiro: risco de mercado (inclui risco cambial, risco do justo valor associado à taxa de juro e risco de preço), risco de crédito, risco de liquidez e risco de fluxos de caixa associado à taxa de juro. O Grupo detém um programa de gestão do risco que foca a sua análise nos mercados financeiros procurando minimizar os potenciais efeitos adversos desses riscos na performance financeira do Grupo. A gestão do risco financeiro é conduzida pelo Departamento Financeiro, com base nas políticas aprovadas pela Administração. A tesouraria identifica, avalia e realiza coberturas de riscos financeiros em estrita cooperação com as unidades operacionais do Grupo. A Administração providencia princípios para a gestão do risco como um todo e políticas que cobrem áreas específicas, como o risco cambial, o risco de taxa de juro, risco de crédito e o investimento do excesso de liquidez. 7.1. Risco cambial Nesta matéria, o Grupo Ibersol prossegue uma política de cobertura natural, recorren- do a financiamentos em moeda local. Uma vez que está essencialmente presente no mercado ibérico, os empréstimos bancários estão maioritariamente denominados em euros e o volume de compras, fora da Zona Euro, não assume proporções relevantes. A principal fonte de exposição advém do investimento fora da zona euro da operação que se desenvolve em Angola, com pouco peso na atividade do Grupo. Os desequi- líbrios da economia angolana têm provocado a desvalorização do Kwanza que é um risco a considerar. Os financiamentos contraídos pelas filiais angolanas estão denominados na moeda local, a mesma em que são gerados os proveitos. O Grupo adotou uma política de monitorização mensal dos saldos credores em moeda estrangeira e a sua cobertura parcial, através de Obrigações do Tesouro da República de Angola, indexadas ao USD. Em 2023 a aquisição destas obrigações tornou-se mais cara, dado que não têm sido emitidas novas séries de obrigações. Em simultâneo tornou-se mais difícil obter a totalidade das divisas necessárias ao pagamento dos produtos importados, pelo que aumentou o crédito detido pelas subsidiárias portuguesas às angolanas. Em 31 de dezembro de 2023 e 2022, a exposição cambial do Grupo era a seguinte: 463

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