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RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO DA SOCIEDADE
de forma mais regular as contas a receber com o
objectivo de:
i) limitar o crédito concedido a clientes;
ii) analisar com as operações a antiguidade e re-
cuperabilidade dos valores a receber;
iii) analisar o perfil de risco dos clientes.
d) Risco de liquidez
Como já referido, a actual situação dos mercados
financeiros veio dar uma maior relevância ao risco
de liquidez. O planeamento financeiro sistemático
com base na previsão de cash flows em mais que
um cenário e para períodos mais longos que um ano
tornou-se uma exigência no Grupo. A tesouraria de
curto prazo é feita com base no planeamento anual
que é revisto trimestralmente e ajustado diariamen-
te. Relacionado com a dinâmica dos negócios subja-
centes, a Tesouraria do Grupo tem vindo a efectuar
uma gestão flexível do papel comercial e a negocia-
ção de linhas de crédito disponíveis a todo o momen-
to. A política de diálogo aberto com todos os parceiros
financeiros tem permitido manter uma relação com
elevado grau de confiança, apesar das restrições de
liquidez com que vem debatendo a Banca portugue-
sa. Tendo sido 2011 um ano difícil para o mercado, a
sociedade demonstrou significativa capacidade para
assegurar recursos financeiros continuando a dispor
de linhas contratadas e fundos colocados à sua dis-
posição que não utiliza em montantes significativos.
Por outro lado, o Grupo em detrimento do custo
privilegiou o risco de liquidez e reforçou os financia-
mentos de médio e longo prazo que resultaram em
substituição de linhas de curto prazo ficando com al-
guns excedentes para a constituição de aplicações. A
gestão do risco de liquidez passa também pela ma-
nutenção dum confortável nível de disponibilidades.
O Grupo terminou o exercício com cerca de 28 mi-
lhões de euros em disponibilidades, dos quais 24 mi-
lhões em depósitos a prazo, que correspondem a um
ligeiro aumento face ao final de 2010 e representam
cerca de 50% do passivo remunerado.
e) Risco de capital
A sociedade procura manter um nível de capitais
próprios adequado às características do principal ne-
gócio (vendas a dinheiro e crédito de fornecedores)
e a assegurar a continuidade e expansão. O equi-
líbrio da estrutura de capital é monitorizado com
base no rácio de alavancagem financeira (definido
como: dívida remunerada líquida / (dívida remune-
rada líquida+capital próprio)) com o objectivo de o
situar no intervalo 35%-70%. Por prudência face aos
constrangimentos actuais dos mercados, em 2011,
registamos um rácio de 20%.
Ambientais
A gestão desta área de risco é coordenada pela
Direcção de Qualidade e tem como principal ver-