IBERSOL | Relatório e Contas 2016 - page 26

O Ano de 2016
Na Zona Euro, o crescimento económico registado em 2016 foi suportado
pelos baixos preços do petróleo, pela política fiscal ligeiramente expansio-
nista e pela política monetária acomodatícia, fatores que deverão começar
a esbater-se em 2017. A taxa de inflação deverá continuar a evoluir de
forma positiva.
Os principais fatores de risco são de natureza política: o Brexit e as eleições
em vários países europeus, que podem ditar alterações ao nível das rela-
ções entre países, inclusive do próprio projeto europeu.
Situação em Portugal
Projeções recentes estimam que a economia portuguesa tenha crescido
1,5% em 2016, devendo aumentar para 1,7% em 2017 e estabilizar o ritmo
de crescimento nos anos seguintes. A aceleração de 2% no quarto trimestre
de 2016, traduzindo uma dinâmica acima do esperado da generalidade das
componentes da procura agregada, reforça a probabilidade de revisão em
alta do crescimento para 2017.
No final do horizonte de projeção 2017-2019 o PIB deve atingir um nível
idêntico ao registado em 2008. No entanto, sendo o crescimento inferior ao
registado na área do euro, não será possível reverter o diferencial negativo
acumulado entre 2010 e 2013.
A continuada falta de convergência real face à área do euro reflete a persis-
tência de constrangimentos estruturais ao crescimento da economia por-
tuguesa, no qual assumem uma relevância especial os elevados níveis de
endividamento dos setores público e privado, uma evolução demográfica
desfavorável e a persistência de ineficiências nos mercados de trabalho e
do produto que requerem a continuação de reformas estruturais.
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