IBERSOL - Relatório e Contas 2013 - page 20

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RELATÓRIO DE GESTÃO
A retoma resultou do reforço do sector exportador, fru-
to do aumento de competitividade da economia por via
da redução dos custos unitários do trabalho e dos efei-
tos da recuperação de alguns dos principais parceiros
comerciais.
A fragilidade do mercado de trabalho, com uma taxa de
desemprego em torno de 26%, a manutenção de con-
dições restritivas ao financiamento e a necessidade de
continuar a reduzir o défice orçamental, são condicio-
nantes que, limitando o crescimento da procura interna,
impõem um ritmo moderado à expansão económica.
O êxito na correcção do desequilíbrio externo das con-
tas espanholas teve por base o aumento das exporta-
ções e a substituição de parte importante das importa-
ções por bens e serviços produzidos internamente.
Em Janeiro de 2014 terminou o programa de assistência
financeira à banca, que permitiu a recapitalização das
instituições financeiras.
Em 2014, o sector público deverá manter o esforço de
consolidação orçamental de modo a reduzir o défice
para 5,8% do PIB (6,3% em 2013).
Situação em Angola
O ano de 2013 fica marcado por uma ligeira redução do
ritmo de expansão da actividade económica, que deve-
rá ter crescido 4,5%, devido à desaceleração da produ-
ção petrolífera e a uma execução parcial das despesas
previstas no Orçamento Geral do Estado (OGE), nomea-
damente as relacionadas com o Programa de Investi-
mentos público (PIP).
Dados do Ministério das Finanças indicam que as recei-
tas com a exploração do petróleo diminuíram signifi-
cativamente nos últimos meses de 2013. A quebra das
receitas orçamentais ficou a dever-se à queda do pre-
ço médio por barril exportado (107,5 USD em 2013 vs
111,0 USD em 2012), uma vez que o volume de exporta-
ções quase não variou (630 milhões de barris, +0,2% do
que no ano anterior).
Foi publicada uma nova pauta aduaneira que entrará
em vigor em 2014, que visa incentivar a produção local,
através do agravamento das taxas sobre os bens impor-
tados. Dados os constrangimentos ainda existentes do
lado da oferta local, esta alteração da política poderá
conduzir, no curto prazo, ao aumento dos preços finais
para os consumidores, o que tenderá a causar tensões
inflacionistas.
Depois de um período de crescimento muito forte, as-
sociado ao esforço de reconstrução, a economia ango-
lana entrou num período caracterizado por ritmos de
expansão mais moderados, ainda que significativos. As
receitas estáveis provenientes da expansão da explora-
ção petrolífera e do gás natural permitirão que as auto-
ridades prossigam a sua estratégia de estímulo à diver-
sificação económica.
Nota Final
Menos pronunciados do que anteriormente, permanecem em 2014 alguns dos factores de risco que podem fazer
vacilar a retoma do crescimento mundial, nomeadamente os inúmeros conflitos políticos sem solução à vista que
vão continuar a condicionar o normal funcionamento do comércio mundial e a evolução das economias emergen-
tes afectadas pela alteração da política económica norte americana.
No entanto as perspectivas para a evolução da economia são mais positivas.
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