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PERFIL ORGANIZACIONAL
Risco de Taxa de Juro
Como o Grupo não tem ativos remunerados com juros
significativos, o lucro e os fluxos de caixa da atividade
de financiamento são substancialmente independentes
das alterações da taxa de juro de mercado.
O risco da taxa de juro do Grupo advém do passivo, no-
meadamente de empréstimos obtidos de longo prazo.
Empréstimos emitidos com taxas fixas expõem o Grupo
ao risco do justo valor associado à taxa de juro. Com o
atual nível das taxas de juro, a política do Grupo é, em fi-
nanciamentos de maior maturidade, proceder à fixação
total ou parcial das taxas de juro.
A Ibersol recorreu a operações de cobertura do risco
de taxa de juro para 30% dos empréstimos obtidos. Em
virtude da política de liquidez, seguida nos últimos exer-
cícios, e das disponibilidades representarem cerca de
40% do passivo remunerado, entende-se ser reduzida a
exposição ao risco de taxa de juro.
Risco de Crédito
A principal atividade do Grupo é realizada com vendas
pagas a dinheiro ou cartão de débito/crédito, pelo que
o Grupo não tem concentrações de risco de crédito re-
levantes. Contudo, devido ao aumento das vendas do
negócio de catering, com uma parte significativa de ven-
das a crédito, o Grupo passou a monitorizar de forma
mais regular as contas a receber com o objetivo de:
i) limitar o crédito concedido a clientes
ii) analisar com as operações a antiguidade e recupera-
bilidade dos valores a receber
iii) analisar o perfil de risco dos clientes.
Risco de Liquidez
Conforme já referido, a atual situação dos mercados
financeiros conferiu uma maior relevância ao risco de
liquidez. O planeamento financeiro sistemático, com
base na previsão de cash flows em mais que um cená-
rio, e para períodos mais longos do que um ano, tornou-
-se uma exigência no Grupo. A tesouraria de curto pra-
zo está suportada no planeamento anual que é revisto
trimestralmente e ajustado diariamente. Relacionado
com a dinâmica dos negócios subjacentes, a Tesouraria
do Grupo tem vindo a efetuar uma gestão flexível do
papel comercial e a negociação de linhas de crédito dis-
poníveis a todo o momento. A política de diálogo aberto
com todos os parceiros financeiros tem permitido man-
ter uma relação com elevado grau de confiança, apesar
das restrições de liquidez com que se vem debatendo
a Banca portuguesa. Em 2013, o Grupo, em detrimento
do custo, privilegiou o risco de liquidez, tendo vindo a
reforçar os financiamentos de médio e longo prazo, que
resultaram da substituição de linhas de curto prazo, fi-
cando com alguns excedentes para a constituição de
aplicações. A gestão do risco de liquidez passa também
pela manutenção de um confortável nível de disponibili-
dades. O Grupo terminou o exercício de 2013 com cerca
de 22 milhões de euros em disponibilidades, cujo valor
de natureza mais permanente representa cerca de 40%
do passivo remunerado. Porém, a redução do risco de
liquidez faz incrementar o risco de aplicação dos exce-
dentes de tesouraria.
Risco de Capital
A sociedade procura manter um nível de capitais pró-
prios adequado às características do principal negócio
(vendas a dinheiro e crédito de fornecedores) e a as-
segurar a continuidade e expansão. O equilíbrio da es-
trutura de capital é monitorizado com base no rácio de
alavancagem financeira (definido como: divida remune-
rada liquida / (divida remunerada líquida + capital pró-
prio)) com o objetivo de o situar no intervalo 35%-70%.
Por prudência, face aos constrangimentos atuais dos
mercados, em 2013 registamos um rácio de 17%.