Risco de Taxa de Juro
Como o Grupo Ibersol não tem activos remunerados
com juros significativos, o lucro e os fluxos de caixa da
actividade de financiamento são substancialmente inde-
pendentes das alterações da taxa de juro de mercado.
O risco da taxa de juro do Grupo Ibersol advém do pas-
sivo, nomeadamente de empréstimos obtidos de longo
prazo. Empréstimos emitidos com taxas fixas expõem o
Grupo Ibersol ao risco do justo valor associado à taxa de
juro. Com o actual nível das taxas de juro, a política do
Grupo Ibersol é, em financiamentos de maior maturida-
de, proceder à fixação total ou parcial das taxas de juro.
A Ibersol recorreu a operações de cobertura do risco
de taxa de juro para 40% dos empréstimos obtidos. Em
virtude da política de liquidez, seguida nos últimos exer-
cícios, e das disponibilidades representarem cerca de
35% do passivo remunerado, entende-se ser reduzida a
exposição ao risco de taxa de juro.
Risco de Crédito
A principal actividade do Grupo Ibersol é feita com ven-
das pagas a dinheiro ou cartão de débito/crédito, pelo
que o Grupo Ibersol não tem concentrações de risco de
crédito relevantes. Contudo, devido ao aumento das
vendas do negócio de catering, com uma parte signifi-
cativa de vendas a crédito, o Grupo Ibersol passou a
monitorizar de forma mais regular as contas a receber
com o objectivo de:
i) limitar o crédito concedido a clientes;
ii) analisar com as operações a antiguidade e recupera-
bilidade dos valores a receber;
iii) analisar o perfil de risco dos clientes.
Risco de Liquidez
A actual situação dos mercados financeiros conferiu
uma maior relevância ao risco de liquidez. O planea-
mento financeiro sistemático, com base na previsão de
cash flows
em mais do que um cenário, e para períodos
mais longos do que um ano, tornou-se uma exigência
no Grupo Ibersol. A tesouraria de curto prazo está su-
portada no planeamento anual que é revisto trimestral-
mente e ajustado diariamente. Face à dinâmica dos ne-
gócios subjacentes, a Tesouraria do Grupo Ibersol tem
vindo a efectuar uma gestão flexível do papel comercial
e a negociação de linhas de crédito disponíveis a todo
o momento. A política de diálogo aberto com todos os
parceiros financeiros tem permitido manter uma rela-
ção com elevado grau de confiança, apesar das restri-
ções de liquidez com que se vem debatendo a Banca
portuguesa. Em 2012, o Grupo Ibersol, em detrimento
do custo, privilegiou o risco de liquidez, tendo vindo a
reforçar os financiamentos de médio e longo prazo, que
resultaram da substituição de linhas de curto prazo, fi-
cando com alguns excedentes para a constituição de
aplicações. A gestão do risco de liquidez passa também
pela manutenção de um confortável nível de disponibi-
lidades. O Grupo Ibersol terminou o exercício de 2012
com cerca de 26 milhões de euros em disponibilidades,
dos quais 19 milhões em depósitos a prazo que repre-
sentam cerca de 35% do passivo remunerado. Porém, a
redução do risco de liquidez faz incrementar o risco de
aplicação dos excedentes de tesouraria.
Risco de Capital
A sociedade procura manter um nível de capitais pró-
prios adequado às características do principal negócio
(vendas a dinheiro e crédito de fornecedores) e a as-
segurar a continuidade e expansão. O equilíbrio da es-
trutura de capital é monitorizado com base no rácio de
alavancagem financeira (definido como: dívida remune-
rada líquida / (dívida remunerada líquida+capital pró-
prio)) com o objectivo de o situar no intervalo 35%-70%.
Por prudência, face aos constrangimentos actuais dos
mercados, em 2012 registamos um rácio de 19%.
Risco de Contingência
A imprevisibilidade de evolução dos mercados finan-
ceiros poderá acarretar aumento dos custos de finan-
PERFIL ORGANIZACIONAL
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