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departamento de tesouraria central, obedecendo a
normas aprovadas pela respectiva Administração. Os
instrumentos financeiros derivados são inicialmente
reconhecidos na demonstração consolidada da po-
sição financeira ao seu custo inicial e depois remen-
surados ao seu justo valor. No que diz respeito ao
reconhecimento, a contabilização faz-se da seguinte
forma:
Cobertura de Justo Valor
Para as relações de cobertura classificadas como co-
bertura de justo valor e que são determinadas como
pertencentes a uma cobertura eficaz, ganhos ou per-
das resultantes de remensurar o instrumento de co-
bertura ao justo valor são reconhecidos em resulta-
dos juntamente com variações no justo valor do item
coberto que são atribuíveis ao risco coberto.
Cobertura de Fluxos de Caixa
Para as relações de cobertura classificadas como co-
bertura de fluxos de caixa e que são determinadas
como pertencentes a uma cobertura eficaz, ganhos
ou perdas no justo valor do instrumento de cobertura
são reconhecidas no capital próprio; a parte ineficaz
será reconhecida directamente nos resultados.
Cobertura de Investimento Líquido
Actualmente, a empresa não considera a realização
de coberturas cambiais sobre investimentos líquidos
em unidades operacionais estrangeiras (subsidiárias),
dado não ter investimentos significativos denomina-
dos emmoeda diferente do euro.
A empresa tem bem identificada a natureza dos ris-
cos envolvidos, documenta exaustiva e formalmente
as relações de cobertura, garantindo através dos seus
sistemas de informação, que cada relação de cober-
tura seja acompanhada pela descrição da política de
risco da empresa; objectivo e estratégia para a cober-
tura; classificação da relação de cobertura; descrição
da natureza do risco que está a ser coberto; identifi-
cação do instrumento de cobertura e item coberto;
descrição da mensuração inicial e futura da eficácia;
identificação da parte do instrumento de cobertura,
se houver, que será excluída da avaliação da eficácia.
A empresa considera o desreconhecimento nas situa-
ções em que o instrumento de cobertura expirar, for
vendido, terminar ou for exercido; a cobertura deixar
de preencher os critérios para a contabilidade de co-
bertura; para a cobertura de fluxos de caixa, a transac-
ção prevista deixar de ser altamente provável ou dei-
xar de ser esperada; por razões de gestão a empresa
decidir cancelar a designação de cobertura.
3. GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO
3.1 FACTORES DE RISCO FINANCEIRO
As actividades do Grupo estão expostas a uma varie-
dade de factores do risco financeiro: risco de mercado
(inclui risco cambial, risco do justo valor associado à
taxa de juro e risco de preço), risco de crédito, risco
de liquidez e risco de fluxos de caixa associado à taxa
de juro. O Grupo detém um programa de gestão do
risco que foca a sua análise nos mercados financeiros
procurando minimizar os potenciais efeitos adversos
desses riscos na performance financeira do Grupo.
A gestão do risco financeiro é conduzida pelo Depar-
tamento Financeiro, com base nas políticas aprova-
das pela Administração. A tesouraria identifica, avalia
e realiza coberturas de riscos financeiros em estrita
cooperação com as unidades operacionais do Grupo.
A Administração providencia princípios para a gestão
do risco como um todo e políticas que cobrem áreas
específicas, como o risco cambial, o risco de taxa de
juro, risco de crédito e o investimento do excesso de
liquidez.