O Ano de 2015
Do lado dos países desenvolvidos, 2015 foi um ano de recuperação
da actividade económica.
A economia dos Estados Unidos da América cresceu 2,5% em 2015
(2,4% em 2014) e deverá manter o mesmo ritmo de expansão em
2016, apesar do abrandamento das exportações, condicionadas pela
valorização do dólar. O crescimento foi essencialmente suportado
pela dinâmica criada pelo consumo das famílias, assente na força
do mercado de trabalho.
A economia japonesa cresceu apenas 0,5% em 2015, por efeito da
diminuição da procura da economia chinesa e de outros países asiá-
ticos, estimando a OCDE um crescimento de 1% em 2016.
A área do euro prosseguiu em 2015 o processo de recuperação eco-
nómica, com o PIB a crescer 1,5%, estimando-se um crescimento de
1,7% em 2016 e 1,9% em 2017. O ritmo da recuperação émuito distinto
entre os vários estados membros, devido às especificidades intrín-
secas e ao estado do ciclo económico.
O baixo preço do petróleo, a desvalorização do euro e os estímulos
monetários do BCE impulsionaram o consumo privado e as expor-
tações. Mas a taxa de desemprego permanece elevada (11%), muito
acima do valor registado no período antes da crise (7,5%), evidencian-
do enormes disparidades entre países: Grécia (25,8%) e a Espanha
(22,1%), em contraste com a Alemanha (5,4%), que apresenta a taxa
mais baixa da zona euro.
Os principais factores de risco do processo de recuperação são a
desaceleração económica nos países emergentes e as incertezas
de ordem política.
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