IBERSOL | Relatório e Contas 2015 - page 36

O Ano de 2015
situado emUSD 53 em2015, contra poucomais de USD 100 em2014,
conduzindo a uma forte queda nas receitas fiscais e nas exportações.
Face à queda prevista das receitas fiscais da actividade petrolífera,
o Governo respondeu rapidamente, alterando os pressupostos do
Orçamento de Estado inicial (baixando de USD 81 para USD 40 o
preço médio do barril do petróleo no Orçamento de Estado recti-
ficativo de Fevereiro de 2015) e efectuando um corte significativo
nas despesas de investimento que constavam do orçamento inicial.
Ao longo do ano, a produção de petróleo recuperou na sequência da
conclusão das obras de manutenção, permitindo aumentar ligeira-
mente a média de produção diária, ajudando a compensar em parte
a queda das receitas.
O crescimento do PIB não petrolífero desacelerou em 2015. O sec-
tor industrial, a construção e os serviços ajustaram-se à redução
do consumo privado e do investimento público e às dificuldades na
obtenção de moeda estrangeira. A taxa de inflação atingiu o valor
de 14% no final de 2015.
O Kwanza foi desvalorizando ao longo do ano, comespecial impacto
no segundo semestre.
Para 2016 prevê-se uma redução do crescimento do PIB petrolífe-
ro (de 6,8% para 3,4%) e uma aceleração do sector não petrolífero
(de 2,1% para 3,4%), impulsionado sobretudo pela recuperação mais
robusta da agricultura.
O principal factor de risco do crescimento económico e da susten-
tabilidade das finanças públicas angolanas continua a ser a depen-
dência excessiva do sector petrolífero, fortemente condicionado
pelos baixos preços nos mercados internacionais.
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