151
RELATÓRIO E CONTAS 2012
Apesar de o Grupo deter investimentos fora da zona
euro, em operações externas, em Angola, não existe
exposição significativa ao risco cambial, pela reduzida
dimensão do investimento. O financiamento contraí-
do pela filial angolana no valor de 1.875.000 USD não
apresenta grande exposição em função do reduzido
montante e da forte correlação entre a moeda local
e a moeda do financiamento. Os restantes financia-
mentos contraídos pelas filiais angolanas estão deno-
minados na moeda local, a mesma em que são gera-
dos os proveitos.
ii) Risco de preço
O Grupo não está significativamente exposto ao risco
de preço das mercadorias.
iii) Risco de taxa de juro (fluxos de caixa e justo valor)
Como o grupo não tem activos remunerados com juros
significativos, o lucro e os fluxos de caixa da actividade
de financiamento são substancialmente independentes
das alterações da taxa de juro de mercado.
O risco de taxa de juro do Grupo advém do passivo no-
meadamente de empréstimos obtidos de longo prazo.
Empréstimos emitidos com taxas variáveis expõem o
Grupo ao risco de fluxos de caixa associado à taxa de
juro. Empréstimos emitidos com taxas fixas expõem o
Grupo ao risco do justo valor associado à taxa de juro.
Com o actual nível das taxas de juro, a política do grupo
é, em financiamentos de maior maturidade, de proce-
der à fixação total ou parcial das taxas de juro.
A divida remunerada vence juros a taxa variável tendo
sido uma parte objecto de fixação de taxa juro através
de um derivado swap taxa de juro. A swap de taxa de
juro para cobertura do risco de taxa de juro do emprés-
timo de 20 milhões de euros tem subjacente o prazo de
vencimento dos juros e plano de reembolso idênticos à
condições do empréstimo. Por outro lado, o Grupo tem
aplicações que cobrem cerca de 35% dos empréstimos
e cuja remuneração em termos líquidos amortece as al-
terações de taxa de juro que incide sobre a divida.
Baseado em simulações realizadas a 31 de Dezembro
de 2012, uma subida de mais 100 pontos base na taxa
de juro, mantendo tudo o resto constante, teria um im-
pacto negativo no resultado liquido do período de 200
mil euros.
b) Risco de crédito
A principal actividade do Grupo é realizada com vendas
pagas a dinheiro ou cartão de débito/crédito, pelo que o
Grupo não tem concentrações de risco de crédito relevan-
tes. O Grupo tem políticas que asseguram que as vendas
a crédito são efectuadas a clientes com um histórico de
crédito apropriado. O Grupo tem políticas que limitam o
montante de crédito a que os clientes têm acesso.
c) Risco de liquidez
A gestão do risco de liquidez implica a manutenção de
um valor suficiente em caixa e depósitos bancários, a
viabilidade da consolidação da dívida flutuante através
de um montante adequado de facilidades de crédito e
a capacidade de liquidar posições de mercado. A gestão
das necessidades de tesouraria é feita com base no pla-
neamento anual que é revisto trimestralmente e ajus-
tado diariamente. Em conformidade com a dinâmica
dos negócios subjacentes, a Tesouraria do Grupo tem
vindo a efectuar uma gestão flexível do papel comercial
e a negociação de linhas de crédito disponíveis a todo
o momento.
Para o efeito consideram-se que os empréstimos ban-
cários de curto prazo vencem na data de renovação e
que os contratos de papel comercial vencem nas datas
de denúncia.
No final do ano 2012, o passivo corrente ascende a 60
milhões de euros, face aos 42 milhões de activo corren-
te. Este desequilíbrio é, em parte uma característica