Situação a nível mundial
No ano de 2012 o PIB mundial cresceu cerca de 3,2%,
confirmando a esperada desaceleração face a 2011
(3,9%).
No último trimestre do ano assistiu-se a uma retoma
gradual da actividade económica, tendência que se de-
verá manter e consolidar em 2013, estimando-se um
crescimento global de 3,5%, sendo as economias dos
mercados emergentes e dos países em desenvolvimen-
to os principais motores do crescimento (5,1% em 2012
e uma estimativa de 5,5% para 2013).
Em ano de eleições, nos Estados Unidos da América,
verificou-se um crescimento de 2,3%, sendo de pre-
ver uma ligeira travagem em 2013, com o PIB a cres-
cer 2%, antecipando os efeitos que a necessidade de
adopção de uma política fiscal mais restritiva pode
provocar no consumo das famílias e no mercado de
emprego.
A intensificação da crise de dívida soberana, a reestru-
turação da dívida grega, a maior intervenção do BCE, o
alargamento da recessão económica e o desacordo so-
bre as verbas do orçamento comunitário foram factos
marcantes que mantiveram a Europa e a Zona Euro no
centro das atenções do mundo.
Apesar da confiança dos agentes económicos ter vindo
a melhorar de forma sustentada, indiciando que muito
provavelmente o ponto mais baixo do ciclo económico
já terá sido transposto, a realidade dos números evi-
dencia que a actividade económica na Zona Euro con-
traiu 0,4% em 2012 e a projecção para 2013 aponta para
uma nova redução na ordem de 0,2%.
Com a economia francesa próxima da estagnação, a re-
cessão vai continuar a fustigar a Espanha e a Itália, en-
quanto a Alemanha verá abrandar o crescimento da sua
economia de 0,9% em 2012 para 0,6% em 2013.
Os riscos de recrudescimento das tensões sociais nos
países do sul da Europa adensam a incerteza sobre a
evolução no curto prazo.
Situação em Portugal
O ano de 2012 confirmou o pior dos cenários recessivos
para a economia portuguesa, com o PIB a contrair 3,2%
no conjunto do ano (-3,8% no quarto trimestre), conse-
ENQUADRAMENTO
ECONÓMICO
ENQUADRAMENTO ECONÓMICO
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