cura e a incerteza sobre a retoma da economia conduzi-
do à paralisia do investimento.
Para 2013 espera-se um cenário depressivo em tudo
semelhante, mantendo-se as exportações como único
factor positivo, com um crescimento esperado na or-
dem de 4% (3,7% em 2012).
A taxa de desemprego deverá registar um máximo his-
tórico de 26,5% (24,9% em 2012).
Situação em Angola
Os dados recentes publicados pelo FMI apontam para
um crescimento de 6,8% da economia angolana em
2012 e uma previsão de desaceleração para 2013 (5,5%).
O desempenho ficou aquém das expectativas iniciais
(9,7%), tendo sido negativamente influenciado por facto-
res internos - a seca que tem afectado a produção agrí-
cola e o adiamento da produção de gás natural liquefeito
– e por factores externos - o agravamento da crise do
euro e a lenta recuperação da economia americana.
Em Março de 2012 foi dado por concluído o Acordo
Stand-By (SBA) firmado com o FMI em 2009, que permi-
tiu alcançar uma posição macroeconómica mais estável
durante os três anos em que esteve em vigor.
Apesar dos progressos bem visíveis, Angola enfrenta
ainda alguns desafios na gestão das finanças públicas,
revitalização da agricultura, industrialização da econo-
mia e diminuição do nível de pobreza.
Os principais sectores dinamizadores do crescimento
da economia não petrolífera continuarão a ser a cons-
trução, a energia e os transportes que beneficiarão do
aumento do investimento público.
Quanto ao sector petrolífero, prevê-se um aumento da
produção diária de 1,6 para 1,8 milhões de barris.
Angola está numa fase de transição para uma economia
mais diversificada, que reduzirá a vulnerabilidade que
decorre de uma dependência excessiva face ao sector
petrolífero.
ENQUADRAMENTO ECONÓMICO
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