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No que respeita a futuros financiamentos fora da zona
Euro o grupo prosseguirá uma politica de cobertura
natural recorrendo preferencialmente a financiamen-
tos em moeda local sempre que as condições de taxa
de juro o recomendem.
O aumento da actividade em Angola traduzir-se-á
num aumento do risco de câmbio, que afectará o va-
lor dos activos e passivos.
B) RISCO DE TAXA DE JURO
Como o grupo não tem activos remunerados com
juros significativos, o lucro e os fluxos de caixa da
actividade de financiamento são substancialmente
independentes das alterações da taxa de juro de
mercado.
O risco da taxa de juro do Grupo advém do passivo,
nomeadamente de empréstimos obtidos de longo
prazo. Empréstimos emitidos com taxas fixas expõem
o Grupo ao risco do justo valor associado à taxa de
juro. Com o actual nível das taxas de juro, a política
do grupo é, em financiamentos de maior maturidade,
proceder à fixação total ou parcial das taxas de juro.
A Ibersol recorreu a operações de cobertura do risco
de taxa de juro para 30% dos empréstimos obtidos.
C) RISCO DE CRÉDITO
Na principal actividade do Grupo as vendas são pagas
a dinheiro ou cartão de débito/crédito, logo o Grupo
não tem concentrações de risco de crédito relevan-
tes. Contudo, com o aumento das vendas do negócio
de catering, com uma parte significativa de vendas a
crédito, o Grupo passou a monitorizar de forma mais
regular as contas a receber com o objectivo de:
i) controlar o crédito concedido a clientes;
ii) analisar com as operações a antiguidade e recupe-
rabilidade dos valores a receber;
iii) analisar o perfil de risco dos clientes.
D) RISCO DE LIQUIDEZ
Como já referido, a recente situação dos mercados fi-
nanceiros veio dar uma maior relevância ao risco de
liquidez. O planeamento financeiro sistemático com
base na previsão de cash flows em mais que um cená-
rio e para períodos mais longos que um ano tornou-
-se uma exigência. A tesouraria de curto prazo é feita
com base no planeamento anual que é revisto trimes-
tralmente e ajustado diariamente. Relacionado com
a dinâmica dos negócios subjacentes, a Tesouraria
do Grupo tem vindo a efectuar uma gestão flexível do
papel comercial e a negociação de linhas de crédito
disponíveis a todo o momento. A política de diálogo
aberto com todos os parceiros financeiros tem permi-
tidomanter uma relação com elevado grau de confian-
ça. O Grupo emdetrimento do custo privilegioumanter
contratadas linhas de financiamento pouco utilizadas.
E) RISCO DE CAPITAL
A sociedade procura manter um nível de capitais pró-
prios adequado às características do principal negó-
cio (vendas a dinheiro e crédito de fornecedores) e
a assegurar a continuidade e expansão. O equilíbrio
da estrutura de capital é monitorizado com base no
rácio de alavancagem financeira (definido como:
divida remunerada liquida / (divida remunerada
liquida+capital próprio)) com o objectivo de o situar
no intervalo 35%-70%. Por prudência face aos cons-
trangimentos actuais dos mercados, em 2013, regista-
mos um rácio de 17%.
Ambientais
A gestão desta área de risco é coordenada pela Direc-
ção de Qualidade e tem como principal vertente a im-
plementação da política decorrente dos Princípios de
Sustentabilidade Ibersol, para que os processos e pro-
cedimentos, de forma transversal, sejam aplicados no
âmbito do ambiente.