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segurados pelos departamentos respectivos da em-
presa. Considerando que, orgânica e funcionalmente,
as diferentes Direcções do Grupo encabeçam os ser-
viços de compliance directamente junto do Conselho
de Administração e do Conselho Fiscal, estando esses
responsáveis devidamente identificados no organi-
grama da sociedade. Cumpre reafirmar que, sendo o
modelo de governação da sociedade omodelo latino,
os serviços de compliance, assegurados pelos Depar-
tamentos respectivos da Empresa, são efectuados em
interacção, quer com o Conselho Fiscal, quer com o
Administrador não-Executivo da Sociedade, reportan-
do funcionalmente ao mesmo Administrador, fazen-
do-o independentemente da relação hierárquica que
esses Departamentos mantenham com a Administra-
ção Executiva da Sociedade.
A Auditoria Externa avalia e reporta os riscos de fiabi-
lidade e integridade da informação contabilística e fi-
nanceira, validando desta forma o sistema de contro-
lo interno estabelecido no Grupo e que se materializa
na clara separação entre quem prepara e os seus uti-
lizadores e na realização de diversos procedimentos
de validação ao longo do processo de preparação e
divulgação da informação financeira.
No âmbito dos Serviços de Auditoria, a SROC reúne
com os diferentes Departamentos do Grupo, pelo
menos duas vezes por ano, para análise e revisão do
sistema de controlo interno, sendo objecto de Relató-
rio para o Conselho Fiscal e posterior discussão com
o Conselho de Administração, nomeadamente com o
Administrador não-Executivo.
Quanto ao risco no processo de divulgação da infor-
mação financeira registe-se que apenas um número
restrito de colaboradores está envolvido no processo
de divulgação. Todos aqueles que estão envolvidos
no processo de análise financeira da Sociedade são
considerados como tendo acesso a informação privi-
legiada, estando especialmente informados sobre o
conteúdo das suas obrigações.
O sistema de controlo interno no que respeita à con-
tabilidade, preparação e divulgação de informação
financeira assenta nos seguintes elementos chave:
- a utilização de princípios contabilísticos, como cons-
tam nas notas às contas, constitui uma das bases do
sistema de controlo;
- os planos, procedimentos e registos da Sociedade
e subsidiárias permitem uma garantia razoável que
apenas são registadas transacções devidamente au-
torizadas e que são registadas em conformidade com
os princípios contabilísticos geralmente aceites;
- a informação financeira é analisada, de forma sis-
temática e regular, pela gestão das unidades de ne-
gócio (apoiados pelo Departamento de Controlo de
Gestão) e pelos responsáveis dos centros de resulta-
dos, garantindo uma monitorização permanente e o
respectivo controlo orçamental;
- durante o processo de preparação e revisão de infor-
mação, é estabelecido previamente umcalendário, o
qual é partilhado com as diferentes áreas envolvidas
e todos os documentos são revistos detalhadamen-
te, o que inclui a revisão dos princípios utilizados, a
verificação da precisão da informação produzida, e a
consistência com os princípios e politicas utilizadas
em anos anteriores;
- os registos contabilísticos e a preparação das de-
monstrações financeiras são assegurados pela fun-
ção central de Contabilidade. As demonstrações fi-
nanceiras são elaboradas pelos técnicos oficiais de
contas e revistas pela Direcção Administrativa.
- As demonstrações financeiras consolidadas são pre-
paradas com periodicidade trimestral pela função
central de Consolidação o que constitui um controlo
adicional de fiabilidade;
- A informação financeira, Relatório e Demonstrações
Financeiras, é revista pela Direcção Financeira e en-
viada para revisão final e aprovação do Conselho de
Administração. Depois de aprovados os documen-
tos são enviados ao auditor externo que emite a sua