RELATÓRIO E CONTAS 2016
da natureza do risco que está a ser coberto, identificação do instrumento de cobertura e item
coberto, descrição da mensuração inicial e futura da eficácia e identificação da parte do ins-
trumento de cobertura, se houver, que será excluída da avaliação da eficácia.
A empresa considera o desreconhecimento nas situações em que o instrumento de cobertura
expirar, for vendido, terminar ou for exercido; a cobertura deixar de preencher os critérios
para a contabilidade de cobertura; para a cobertura de fluxos de caixa, a transação prevista
deixar de ser altamente provável ou deixar de ser esperada; por razões de gestão a empresa
decidir cancelar a designação de cobertura.
3. GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO
3.1 FATORES DE RISCO FINANCEIRO
As atividades do Grupo estão expostas a uma variedade de factores do risco financeiro:
risco de mercado (inclui risco cambial, risco do justo valor associado à taxa de juro e risco
de preço), risco de crédito, risco de liquidez e risco de fluxos de caixa associado à taxa de
juro. O Grupo detém um programa de gestão do risco que foca a sua análise nos mercados
financeiros procurando minimizar os potenciais efeitos adversos desses riscos na performance
financeira do Grupo.
A gestão do risco financeiro é conduzida pelo Departamento Financeiro, com base nas políticas
aprovadas pela Administração. A tesouraria identifica, avalia e realiza coberturas de riscos
financeiros em estrita cooperação com as unidades operacionais do Grupo. A Administração
providencia princípios para a gestão do risco como um todo e políticas que cobrem áreas
específicas, como o risco cambial, o risco de taxa de juro, risco de crédito e o investimento do
excesso de liquidez.
a) Risco de mercado
i) Risco cambial
No que respeita ao risco cambial, o Grupo prossegue uma politica de cobertura natural recor-
rendo a financiamentos em moeda local. Uma vez que o Grupo está essencialmente presente
no mercado ibérico, os empréstimos bancários estão maioritariamente denominados em eu-
ros e o volume de compras, fora da zona Euro, não assume proporções relevantes.
A principal fonte de exposição do Grupo advém do investimento fora da zona euro da opera-
ção que desenvolve em Angola, que embora seja ainda de pequena dimensão está em fase
de crescimento e por consequência a ganhar peso na atividade do Grupo. A redução do preço
do barril de petróleo está a acarretar uma escassez de moeda estrangeira em Angola pelo
que a desvalorização do Kwanza é um risco a considerar. O financiamento da filial angolana
em moeda estrangeira, no montante de 1.500.000 USD, não apresenta grande exposição em
função do reduzido montante. Os restantes financiamentos contraídos pelas filiais angolanas
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