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RELATÓRIO E CONTAS 2013
vendido, terminar ou for exercido; a cobertura deixar
de preencher os critérios para a contabilidade de cober-
tura; para a cobertura de fluxos de caixa, a transacção
prevista deixar de ser altamente provável ou deixar de
ser esperada; por razões de gestão a empresa decidir
cancelar a designação de cobertura.
3. GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO
3.1 FACTORES DE RISCO FINANCEIRO
As actividades do Grupo estão expostas a uma varieda-
de de factores do risco financeiro: risco de mercado (in-
clui risco cambial, risco do justo valor associado à taxa
de juro e risco de preço), risco de crédito, risco de liqui-
dez e risco de fluxos de caixa associado à taxa de juro. O
Grupo detém um programa de gestão do risco que foca
a sua análise nos mercados financeiros procurando mi-
nimizar os potenciais efeitos adversos desses riscos na
performance financeira do Grupo.
A gestão do risco financeiro é conduzida pelo Depar-
tamento Financeiro, com base nas políticas aprovadas
pela Administração. A tesouraria identifica, avalia e rea-
liza coberturas de riscos financeiros em estrita coope-
ração com as unidades operacionais do Grupo. A Admi-
nistração providencia princípios para a gestão do risco
como um todo e políticas que cobrem áreas específicas,
como o risco cambial, o risco de taxa de juro, risco de
crédito e o investimento do excesso de liquidez.
a) Risco de mercado
i) Risco cambial
O risco cambial é muito reduzido, uma vez que o Grupo
está essencialmente presente no mercado ibérico, os
empréstimos bancários estão essencialmente denomi-
nados em euros e o volume de compras, fora da zona
Euro, não assume proporções relevantes.
Apesar de o Grupo deter investimentos fora da zona
euro, em operações externas, em Angola, não existe
exposição significativa ao risco cambial, pela reduzida
dimensão do investimento. O financiamento da filial
angolana, no valor de 3.750.000 USD, não apresenta
grande exposição em função do reduzido montante e
da forte correlação entre a moeda local e a moeda do
financiamento. Os restantes financiamentos contraídos
pelas filiais angolanas estão denominados na moeda lo-
cal, a mesma em que são gerados os proveitos.
ii) Risco de preço
O Grupo não está significativamente exposto ao risco
de preço das mercadorias.
iii) Risco de taxa de juro (fluxos de caixa e justo valor)
Como o grupo não tem activos remunerados com juros
significativos, o lucro e os fluxos de caixa da actividade
de investimento são substancialmente independentes
das alterações da taxa de juro de mercado.
O risco de taxa de juro do Grupo advém do passivo no-
meadamente de empréstimos obtidos de longo prazo.
Empréstimos emitidos com taxas variáveis expõem o
Grupo ao risco de fluxos de caixa associado à taxa de
juro. Empréstimos emitidos com taxas fixas expõem o
Grupo ao risco do justo valor associado à taxa de juro.
Com o actual nível das taxas de juro, a política do grupo
é, em financiamentos de maior maturidade, de proce-
der à fixação total ou parcial das taxas de juro.
A divida remunerada vence juros a taxa variável tendo
sido uma parte objecto de fixação de taxa de juro atra-
vés de um derivado swap taxa de juro. A swap de taxa
de juro para cobertura do risco de taxa de juro do em-
préstimo (papel comercial) de 20 milhões de euros tem
subjacente o prazo de vencimento dos juros e plano de
reembolso idênticos às condições do empréstimo. Por
outro lado, o Grupo tem aplicações que cobrem cerca